top of page

Se jogue no que te faz feliz!

  • josiaportela
  • 4 de nov. de 2016
  • 3 min de leitura

Sou marcada pela impaciência. Gosto mesmo é de novidades, buscar aquilo que me faz feliz. Recomeçar quando preciso. E não esporadicamente ouço conselhos que me dizem para desacelerar, “não ter pressa”, “dar tempo ao tempo”, afinal, supostamente, tenho todo o tempo do mundo para realizar e buscar tudo aquilo que quero. Há quem pense que entre um ciclo, uma etapa e outra, devemos entrar em standby. Como se fosse possível pausar o tempo para ver a vida passar, sem estar nela propriamente, sem viver, sem descobrir coisas novas. Definitivamente incompreensível.

Existem, sim, momentos de fechar a vida para “balanço”, se afastar de tudo e reavaliar toda sua vida pessoal, sentimental, profissional. Porém, ao contrário do clichê e da música, não temos todo o tempo do mundo. Ontem era Janeiro, hoje é Setembro e ao amanhecer já estaremos celebrando o início de um novo ano. Você pisca e um momento já passou. Isso em situações otimistas. Muitas vezes são cinco, 10, 20 momentos. E o pior: sem que você pudesse aproveitá-los.

Eu, você, seu amigo do lado, o desconhecido na rua… Todos nós, sem exceção, perdemos tempo demais em lugares, situações, trabalhos, relações que não nos fazem felizes. Enquanto o tempo passa, desperdiçamos momentos cruciais que poderiam ser muito melhor aproveitados em outras circunstâncias, lugares, na companhia de pessoas diferentes ou até mesmo em nossa própria companhia… por que não?! E ainda não há magia que os faça voltar. O segredo é não perder tempo, se possível.

Quando se fala em encerrar um ciclo e iniciar um novo, tenho em mente um caso de anos atrás. Um adeus súbito que por tempos ficou incompreendido. Uma despedida que gerou mágoa por muito tempo. Hoje, anos distante daquele momento e da personagem dessa história, ao analisar com um olhar mais maduro, vejo que o que ela fez foi, nada mais, do que buscar a sua própria felicidade. O que aquela circunstância não iria lhe garantir. Era preciso encerrar e começar uma nova fase. Os meios talvez não tenham sido os melhores no momento, mas escolha daquela pessoa tornou-se válida e justificável.

Compreendi que nossas decisões quase sempre implicam em deixar coisas para trás, talvez provocar mágoas no(s) outro(s). Porém, quem vive pensando somente no outro sempre, sufoca sua própria vida aos poucos. E abdicar de seus próprios anseios e felicidade por outras pessoas, não vale a pena e em boa parte das vezes, não é recíproco.

Não aconselho que devemos viver todos os dias como se fossem os últimos sem medir consequências, passando por cima dos sentimentos alheios. Porém, guardadas as devidas proporções de respeito e razão, defendo que devemos pensar mais em nós, em nossos desejos, em que nos faz bem. Sem se limitar somente por o que os outros te dizem ou pensam. Como já diz a música, “se for ligar para o que vão pensar, não faço nada”. Se o julgamento alheio te limita, acostume-se a abdicar de si próprio.

É bobagem acreditar que existe regra, clichê que te diga o que fazer, ou que dite quanto tempo você deve sustentar uma situação ruim, ou permanecer na inércia sem viver aquilo que realmente quer. Com consciência e os pés no chão, se jogue naquilo que te faz feliz! Ou até mesmo naquelas situações que te colocam um pouco distantes do chão, afinal, elas são válidas e te renovam. ;) Errado é perder tempo e oportunidades somente por convenções sem fundamentos.

Imagine a sensação de alguém que está no meio de uma pista de dança, repleto de pessoas ao redor, dançando sem parar, sem se preocupar com olhares, sejam de aprovação ou desaprovação. Simplesmente se divertindo, vivendo o momento. O que menos importa aí é o momento seguinte, quando as luzes se acendem e tudo volta para a realidade. O que importa é aproveitar com um sorriso no rosto, se preencher com boas energias e sentimentos.

A vida é muito curta para desperdiçá-la, debruçado na janela da monotonia, como mero espectador. Portanto, um apelo por um mundo com menos clichês e conceitos pré-fabricados sobre “supostas formas certas de agir” e com mais “Se joga, vai ser feliz!”. Afinal, você é responsável por sua felicidade. Ninguém mais pode fazê-la por você.

Comments


Josiane, jornalista, profissional de marketing, fotógrafa, com uma aspiração por ser escritora e um quê de quem gosta de filosofar sobre tudo. (saiba mais aqui)

Categoria

Arquivo

  • Facebook - Black Circle
  • Twitter - Black Circle
  • Instagram - Black Circle

© 2016 by Josi Portela

bottom of page