O peso da maturidade e simplicidade
- josiaportela
- 1 de set. de 2016
- 2 min de leitura

A maturidade tem como consequência o aumento do apreço pela simplicidade, praticidade, clareza, transparência, sinceridade em palavras, atos, atitudes e sentimentos. Complicações cansam e as pessoas que encontram “um problema para cada solução” mais ainda. Assim como birras e infantilidades.
Aquele que é adepto à contramão dos preceitos de simplicidade vive amargurado, incomodado com o outro, engolindo palavras por orgulho, desperdiçando oportunidades e amizades. Afastando pessoas pela pura falta de capacidade em simplesmente ser sincero, falar o que pensa, o que sente.
A maturidade da vida exige também a mesma estabilidade sentimental, de demonstrar o que merece ser demonstrado, falar o que incomoda para tentar resolver problemas e não simplesmente guardar ressentimentos, achar que o outro tem uma “bola de cristal” ou sexto sentido para adivinhar sentimentos alheios. Indiretas e atitudes podem transparecer parcialmente ou completamente o que você sente ou pensa, mas não são capazes de resolver situações. Somente a clareza tem o poder de esclarecer dúvidas, incômodos ou conflitos.
Relações saudáveis, sejam elas de qualquer tipo, não se constroem a partir do desequilíbrio entre as partes. É necessário envolvimento e esforço mútuos. Caso contrário, tem sua harmonia comprometida. Não adianta esperar que atitudes partam somente do outro, enquanto nutre exclusivamente seu orgulho, preso em sua inércia de desejar mudanças, mas não mover uma molécula para buscá-las.
O maturo toma iniciativas quando julga que podem ter consequências positivas, mas quando nota que a batalha é vã, o passo mais prudente é simplesmente seguir em frente, sem dúvidas, sem ressentimentos, sem complicações. O prejuízo fica por conta do imaturo, que vê tudo como um emaranhado de fios sem fim, muitas vezes sem solução, envolto em sua soberba.
Não gostou? Fale. Gosta? Demonstre. A vida é muito curta para perder tempo medindo palavras, sejam as ruins, que podem ter capacidade de mudança; ou as boas que devem, essas sim, serem repetidas incansavelmente. Afinal, nada que permanece inerte pode se manter vivo e pulsando por muito tempo.
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